Miss Brasil A história do concurso Miss Brasil na realidade começou a partir de 1954, numa passarela armada na boate do Hotel Quitandinha, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Desfilaram misses de alguns estados, diante de um público que estava curioso para saber que história era aquela, ou seja; o Miss Brasil. O Concurso Miss Universo começou dois anos antes, em 1952, em Long Beach, Califórnia, EUA
Voltando a fase de expansão e repercussão do Miss Brasil, realizado no Quitandinha, numa noite do mês de junho de 54, os jurados eram formados por personalidades de destaque no cenário nacional, como os escritores Manoel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, o artista plástico Santa Rosa, a colunista Helena Silveira, do Jornal Folha de São Paulo, entre outros. Foi nessa noite que Marta Rocha começou o seu reinado. Ainda hoje é considerada uma das mulheres mais belas do Brasil. Os jurados ficaram atentos e em nenhum momento retiram os olhos de uma jovem loura, de olhos verdes, 21 anos, que tinha causado verdadeiro frisson em Salvador, quando de sua participação e conquista do título de Miss Bahia. E não deu outra coisa: foi eleita Miss Brasil por unanimidade. Marta Rocha viajou para Long Beach, Califórnia, para concorrer o Miss Universo, sem, no entanto chamar a atenção da grande maioria dos brasileiros. A bagagem mais importante que essa baiana levou para os EUA, foi sua beleza e seu charme, destacando-se entre as concorrentes. Seu glamour fez com que fosse chamada de "a namorada da América". Inclusive, recebeu convites para se tornar estrela de "Hollywood" o grande sonho das jovens dessa época. Tudo indicava que Marta Rocha seria a vencedora, mas, por destino ou por azar, disputou o título de Miss Universo com a americana Miriam Stevenson, que venceu. Classificou-se em segundo lugar, fato que todos consideraram uma injustiça. O jornalista João Martins, da Revista O Cruzeiro, que acompanhava a Miss Brasil, ouviu um comentário de um dos juízes: "sobravam duas polegadas a mais nos quadris da brasileira". Segundo João Martins, esse foi o motivo pelo qual Marta Rocha perdeu o título. Publicou a notícia que se tornou uma lenda. O brasileiros acreditaram na versão do jornalista e a repercussão foi intensa. Inclusive a própria Marta Rocha gravou um disco contando as "famosas polegadas". A partir dessa discussão, da criação do mito Marta Rocha e suas polegadas a mais, os brasileiros voltaram sua atenção para os concursos de Miss Brasil e Universo, elegendo-os como acontecimentos marcantes da beleza da mulher, principalmente, da brasileira. O Brasil conquista três Títulos na década de 60 Antes da versão concurso nacionalmente em 1954, ano de Marta Rocha, o Miss Brasil já tinha registrado uma trajetória de mulheres famosas por sua beleza. Iniciou na virada do século XX, em 1900, com a eleição de Violeta Lima de Castro, mais conhecida como "Bebê", no Rio de Janeiro. Embora, um jornal discorde dessa versão, afirmando que tudo começou no final do século XIX, em 1865, quando uma francesa radicada no país, chamada Aymmée, foi eleita a "primeira Miss Brasil". Deixando de lado as controvérsias, destacam-se anos depois, misses como a paulista Zezé Leone, em 1922, depois a representante do Distrito Federal, Olga Bergamin de Sá, em 1929; e no ano seguinte, em 1930, um jornal carioca, A Tarde, promoveu no Rio de Janeiro o "Miss Brasil" e o "Miss Universo". A gaúcha Iolanda Pereira" venceu os dois concursos. Já em 1932 e em 1939, as cariocas Ieda Telles de Menezes e Vânia Pinto são eleitas Miss Brasil; depois a goiana Jussara Marques, em 1949. O Miss Brasil, encerrou suas apresentações no Quitandinha, transferiu-se para o Maracanãzinho em 1958. A partir dessa época, o concurso foi um sucesso de público e de bilheteria. Todos queriam assistí-lo. A sensação, neste ano, foi a modelo carioca Adalgisa Colombo, que dominou a passarela com elegância e seu porte esguio, levando a platéia ao delírio. Em 1963, uma jovem é aclamada no Maracanãzinho. A gaúcha Ieda Maria Vargas conquista o título de Miss Brasil e em seguida o de Miss Universo. Além de sua beleza, ficou famosa em todo o continente por sua desenvoltura, elevando a imagem do Brasil lá fora. Mais uma vez a beleza da mulher brasileira foi premiada. A baiana Martha Vasconcellos, vai à forra, arrebatando o título de de Miss Universo, que foi negado a sua conterrânea Marta Rocha. Em 1968 sua espontaneidade, charme beleza e desembaraço não foi páreo para as concorrentes. Mais uma brasileira conquista outro título: a carioca Maria da Glória Carvalho, classificada em terceiro lugar no Miss Brasil, foi eleita Miss Beleza Internacional 1968, no Japão. A Caterine, Vera Fischer, Miss Brasil 1969 ficou entre a semi-finalistas no Miss Universo. Inteligente e perspicaz soube aproveitar as oportunidades, seguindo a carreira artística. Do Maracanãzinho para Brasília A carioca Lúcia Peterle, em 1971, foi a última a conquistar um título para o Brasil. Segunda colocada no concurso, concorreu ao Miss Mundo, em Londres, Inglaterra, sagrando-se vencedora. Dominando fluentemente vários idiomas, com desenvoltura e charme, conquistou a comissão julgadora. Após seus compromissos como Miss Mundo, terminou os estudos, formando-se em Medicina especializando-se em pediatria. O Miss Brasil transferiu-se para Brasília, em 1973, passando a ser apresentado no Ginásio de Esportes Presidente Médici, onde permaneceu até 1980. Paulo Max, apresentador do evento dominava a platéia e os telespectadores, fazendo-os participarem a cada desfile das candidatas. Outros nomes de destaque nesse evento, foram Maria Augusta, da Socila, que, com sua firmeza, sua famosa bengala, transformou lindas jovens em embaixatrizes da elegância e da beleza; e Marli Bueno que dividiu o palco como apresentadora ao lado de Paulo Max durante oito anos. Sílvio Santos assume o Miss Brasil. Com a falência da Rede Tupi de Televisão, o empresário Sílvio Santos adquiriu as franquias do Miss Universo e do Miss Mundo, em 1981, passando a ser o apresentador do Miss Brasil permanecendo até 1989. Acreditou no sucesso do concurso e investiu alto em cenários, prêmios, propagandas e proporcionando a várias misses a serem contratadas pelo seu canal de televisão. Dessa época nomes como Márcia Gabrielle, Deise Nunes, Susy Rego são algumas que se projetaram nacionalmente. As duas primeiras seguiram carreira de modelo, e Susy Rego, de atriz. O Brasil em 1990 não participa do Miss do Miss Universo. Não enviou uma candidata porque o concurso antecipou a data de realização. Silvio Santos reformulou sua programação e desistiu de prosseguir com o concurso. Sua coordenadora nacional Marlene Brito, entre 91 e 93, assumiu a direção. Entretanto, em 1994, o Miss Universo convidou Paulo Max para representá-lo no país, concedendo-lhe a franquia. Assumiu a direção nacional, apresentando, coordenando e produzindo até 1996. Sua retomada foi interrompida em agosto deste ano, quando faleceu tragicamente ao lado de sua mulher Maria José. E o "show não pode parar..." A Singa Brasil durante dois anos foi a responsável por essa promoção, sob a direção de Paulo Max Filho que decidiu prosseguir com o concurso numa homenagem ao pai. Hoje o concurso pertence à Gaeta Promoções e Eventos Ltda., sob a direção de Boanerges Gaeta Jr (Fonte: www.guiaknet.net). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário